Vale de Patrimónios

Vestígios da presença humana e da sua arte, gravada nas margens do Côa, indicam a existência de comunidades nómadas no vale há mais de 25 000 anos, Do Neolítico, do Período proto-Histórico e da romanização restaram marcas no território, algumas em muito bom estado de conservação. Na Idade Média implantou-se a rede de povoamento que, grosso modo, é a atual, com as suas vilas cabeça de concelho e as aldeias do termo, as vias que as ligavam, servidas de pontes e pontões e as muralhas e torres que defendiam e assinalavam o lugar central.
Devido à baixa densidade populacional que ao longo de séculos marcou o vale do Côa, escapando à grande pressão urbanística contemporânea do litoral, o património arquitetónico e arqueológico perdurou, pelo que pode ser observado no local e nos vários museus e núcleos museológicos de cada Concelho que a Grande Rota atravessa.
A presença humana ancestral tem moldado a paisagem ao longo de gerações, alterando quer o uso dos solos, quer a fauna e flora existentes. Não obstante, o Côa alberga uma importante biodiversidade, motivo para a existência de duas áreas protegidas ao longo do vale criadas com o intuito de preservar estes habitats e as suas espécies silvestres e autóctones.
Um Vale de Patrimónios por descobrir.
Fotografias de João Cosme
Ilustração de Filipa Santos
